sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Parabéns à polícia novamente!

Abrindo espaço para o desabafo de um amigo frustrado... Não adianta ser quase atropelado pra que a polícia faça alguma coisa, quanto mais ter seu celular roubado...


Na última sexta-feira, às 23h, no caminho da faculdade para casa fui abordado na entrada do metrô por dois sujeitos que se diziam armados e me levaram o celular. Cheguei em casa 30 minutos depois e liguei o rastreador (o celular era um smartphone com gps) que havia instalado. O programa localizou o celular em um cortiço próximo de onde havia sido roubado, com um raio de 10m de precisão. Fui para o local de carro, e aguardei. Vi o sujeito que me roubou entrar ali. Chamei a polícia. A viatura chegou, expliquei a situação, mostrei o rastreador indicando o local (iPad 3g), disse que já havia identificado o bandido e que o identificaria novamente.
Eles bateram na porta e pediram para entrar. Fui junto e identifiquei o indivíduo, que era menor de idade. Um dos policiais o levou para um canto e conversou com ele, disse que era melhor devolver, que sabia que ele trabalhava no farol com “rodinho”, e que se não devolvesse sua vida iria ficar muito mais complicada, e etc. Tudo isso em um tom nada amigável. Diante da negativa sistemática do “meliante”, o policial simplesmente me disse que não poderia fazer nada pois o rapaz era menor, e que a vida é assim (WTF!), que eu devia ir fazer um BO mas que não iria adiantar nada (WTF!!!).
Fui fazer o BO. O policial cívil meteu o pau na PM que não trouxe o bandido junto, e disse que eu deveria ligar na corregedoria (lógico, porque quando chamo a polícia a primeira coisa que faço é anotar o nome de todos os policiais e da viatura...). Perguntei se eles não poderiam ir lá e recolher o sujeito. Me disseram que não, que é trabalho da PM, mas se eu voltasse segunda-feira 9h eles talvez iriam lá... (sem comentários...).
Liguei novamente no 190 para solicitar uma viatura para levar o infeliz para a delegacia, e após eu explicar todo o ocorrido, o atendente me disse que não poderia mandar outra viatura para consertar a cagada da anterior, e que eu deveria ligar na corregedoria! (Eu acho que a corregedoria deve ser foda! Quero dizer, se a própria emergência pede para a gente ligar para corregedoria, eles devem ser tipo a liga da justiça!). Como se eu estivesse preocupado, às 3h da matina em criticar a polícia, em vez de correr atrás do meu celular!
Procurei qual era o batalhão da PM mais próximo e fui lá . Chegando, várias viaturas estacionadas (umas 6) e dois PMs dormindo em uma salinha. Os acordei, e pedi uma viatura, mas dessa vez não disse que uma já tinha ido lá e nada feito. Chamaram pelo rádio, e todo mundo estava ocupado. Disseram então que eu atravessasse a avenida em frente ao batalhão e ligasse de um orelhão para o 190 pois ali seria região de outro batalhão e eles talvez teriam alguém para me atender (W  T  F ! ! !). Perguntei, sem muita esperança, se ELES não podiam ligar para o outro batalhão e perguntar. A resposta foi uma desculpa tão esfarrapada que minha memória escolheu não guardá-la. Baixei minha cabeça, arrastei minha carcaça frustrada para fora daquele antro de incompetência e desisti. Tentei novamente o 190, inutilmente, o que não vale nem a pena relatar.
Fui pra casa, às 5h da manhã.
Acho que além de localizar o aparelho, identificar o bandido, eu talvez deveria tê-lo algemado e levado para a delegacia. Esse foi meu erro. Não fazer o trabalho da polícia completamente.
No dia seguinte o celular foi rastreado para a região da Santa Efigênia. Com um raio de precisão de mais de 1km. Já era.
Estou expondo o calvário que passei juntamente com a nossas queridas corporações policiais do estado de São Paulo, na esperança que haja alguma divulgação (e possível crítica contrutiva) já que isso não irá trazer meu telefone de volta, mas talvez alguma mente pensante na secretaria de segurança pública leia isso e faça algo.
Para comprovar meu relato tenho o BO, uma testemunha do roubo, e os registros das chamadas ao 190.

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